São Paulo – Termina no dia 30, quarta-feira da semana que vem, o prazo para quem é assalariado e faz a declaração completa de IR aplicar em previdência para reduzir o imposto ou aumentar a restituição.
A lei permite abater as aplicações feitas este ano em fundos Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) até o limite de 12% da renda bruta tributável.
É uma das poucas formas voluntárias de reduzir o imposto de renda, ao lado das contribuições para entidades filantrópicas.
Outra vantagem é que o dinheiro aplicado voltará para o investidor no futuro, remunerado. E, se ficar por mais de 10 anos aplicado, pagará uma alíquota de imposto bem menor, de 10%, pelo sistema de alíquotas regressivas, bem menos que os até 27,5% que seriam pagos hoje no imposto sobre o salário.
E, com a possibilidade de o imposto sobre aplicações financeiras subir no ano que vem, a vantagem dos fundos de previdência deve aumentar. Na conta do limite dos 12% dedutíveis, entram os salários e as férias recebidos este ano, mas não o 13º salário.
Previdência tem de render bem também
Além da vantagem fiscal imediata, porém, a aplicação representa uma poupança para o futuro que vai garantir uma aposentadoria mais tranquila, diante da situação cada vez mais nebulosa da Previdência Social.
Por isso, o investidor deve procurar tirar o máximo proveito da aplicação, buscando fundos com bom desempenho e que tenham um custo mais baixo.
Uma alternativa são os gestores independentes, ligados a seguradoras, que oferecem custos bem inferiores aos dos grandes bancos, que dominam o mercado. Além disso, esses gestores costumam ter mais opções de estratégias de investimento para o poupador escolher.
Gestores como Icatu, Porto Seguro e SulAmérica são ligados a grandes grupos seguradores sólidos, com equipes de gestão de previdência privada respeitáveis, e que procuram oferecer uma gestão mais ativa para atrair clientes, pois não possuem a comodidade das redes de agências e gerentes dos grandes bancos.
Metade do custo dos grandes bancos
Nesses gestores independentes, é possível encontrar taxas de administração de fundos entre 1% e 2% ao ano, praticamente a metade das cobradas nos grandes bancos, de 3% ao ano em média no varejo.